quarta-feira, 4 de abril de 2012

Tem vida depois dos 30?

Se tem uma coisa que todo mundo tem medo é de envelhecer. Quando somos mais novos, chegar aos 30 anos é uma realidade tão distante que a gente pensa em si nessa idade de todas as formas, menos jovem, imagine chegar aos 40, 50, a gente nem pensa nisso.
Existe uma cobrança de ser uma pessoa diferente aos 30, é como se essa idade fosse um limite e você fosse obrigado a viver todas as maravilhas da vida, viajar, curtir, namorar, casar, ter filhos, emagrecer (fica mais difícil depois dos 30 por causa o bendito colágeno kkk), antes dessa idade porque depois daí sua vida se resume a ir a médicos e cuidar de certos problemas de saúde que surgirão com o tempo, cuidar dos netos e de sua família, enfim, cuidar, cuidar, cuidar.
Nesse ano faço 30 anos e por uma coincidência do destino eu estou estagiando no CCTI que é um centro voltado para a saúde do idoso e vejo como é bonita a arte de envelhecer. Você caro amigo que lê este blog pode estar pensando que essa frase é um clichê para esconder que envelhecer é só uma fase triste e cheia de problemas, mas quando é que na sua vida você foi completamente feliz? Qual foi o momento que você viveu sem nenhum problema, dormiu sem pensar nas contas no final do mês ou na mensalidade da escola do seu filho? Se isso realmente aconteceu então não pense que os idosos são mais infelizes que você, eles simplesmente tem problemas diferentes.
Se nos imaginarmos como uma árvore nós nascemos, crescemos, amadurecemos e morremos e passar por essas etapas é crucial para viver em paz consigo. Ao entender a sua condição e reconhecer o seu tempo a pessoa idosa se cuida e torna-se cada vez mais jovem, diferente daquela que vive brigando consigo mesma para se encaixar em um lugar ao qual ela não pertence mais. Por mais que você coloque botox ou faça milhões de cirurgias o tempo se encarrega de mostrar a sua força.
Eu não estou dizendo que você deve se acomodar e virar a velhinha que fica só de fuxico na calçada. O que eu quero dizer é que se deve ter e alimentar o amor próprio e se sentir feliz, mas entendendo a sua condição, essa é na minha opinião a única forma de viver e fazer a diferença porque como bem disse Oscar Wilde “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”.

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