terça-feira, 23 de março de 2010

Tum tum



Dia 18 de março de 2010 começou mal humorado e preguiçoso pra mim, apesar de viver com um sono que não consigo controlar só durmo depois das 23:00 é mole, isso somado à ansiedade de fazer a primeira ultra-som não me deixaram dormir direito. Cheguei na maternidade às 07:00 e.... o exame era as 14:00 pense numa raiva kkkkkkkkk.
Voltei humildemente, esperei a minha vez e enquanto isso conversava com as outras mães, tantas histórias de superação somadas a um sorriso bacana e o Ozzy coitado esperando também a hora de entrar afinal seria a primeira vez que veríamos realmente o bebê e ele tinha que estar presente. Chegou a hora entramos na sala e o médico bem sério pediu para deitar na maca com os braços pra cima, colocou aquele gel geladíssimo e assim que olhei pra tela a minha frente vi a cabeça do meu bebê.
Juro que demorei alguns segundos para entender que era a minha ultra e aí o médico disse vamos ouvir o coração tumtumtumtumtumtumtum nesse momento nada mais importava, não existiam problemas, mal humor, fila, nada, éramos eu, Ozzy e aquele som rápido e forte vindo de um ser tão frágil que vive confortavelmente dentro de mim. É embriagante o amor que voce sente e tudo começa a fazer sentido na sua vida.
Com tanto sentimento e felicidade não consegui raciocinar direito por isso a única coisa que consegui pensar quando vi meu bebê foi : Nossa é de verdade mesmo, que bom que voce existe meu amor Deus é realmente magnífico muito obrigada por isso.

Bjo a todos

quarta-feira, 3 de março de 2010

Diário de uma vida

Olá amores, como todos os que me querem bem já sabem vou ser mamãe, nesse início de jornada tenho visto e sentido tanta coisa que me pego as vezes conversando sozinha com meu filho(a) e pedindo pra ele ir devagar, mas pra esse primeiro capítulo gostaria mesmo de relatar outra experiência que estou vivendo graças a minha condição atual.
Por não ter plano de saúde estou fazendo o meu pré natal na Maternidade Evangelina Rosa, no começo me deu um pouco de receio sim, mas se muitas mulheres e meninas que não possuem uma condição digna fazem o seu pré natal lá porque eu que sou apoiada e amada não posso fazer o mesmo? Foi munida desse pensamento que segui em frente.
A maternidade é um mundo a parte, uma sociedade formada por mulheres grávidas e crianças, para ser atendido com um "certa" pressa precisa-se chegar muito cedo e mesmo eu morando perto sempre que chego está lotada, é impressonante a quantidade de mulheres grávidas nessa cidade foi aí que eu entendi o ciclo da vida, muitos morrem e muitos nascem.
Mas nada me toca mais do que as mulheres que convivo quando vou pra lá, é um misto de olhares impressionante, vemos sempre alegria, tristeza e solidão. Eu e o Ozzy somos meio que aliens porque os poucos maridos ou companheiros que vão sempre estão distantes e irritados, como é estranho ver os olhares para nós dois quando o Ozzy me faz um carinho, ou me abraça para que eu possa cochilar em seu ombro já que não possui cadeiras suficientes, ou quando entra comigo nas consultas e pergunta mais do que eu, seu modo cúmplice e preocupado quando tenho que entrar só para fazer um exame, tudo é notado por elas que estão sozinhas, tristes e na maioria das vezes famintas chegando até a desmaiar na fila como já presenciei uma vez.
É por isso que comecei a ver o quanto sou privilegiada, sempre disse que grávidas são heroínas mas eu tenho que admitir que não possuo um terço da força dessas mulheres e me sinto grata em ter meu marido na minha vida, não sei se conseguiria sem ele e é por isso que continuo me tratando lá apesar dos pesares afinal se elas conseguem por que eu não??